“O ser humano deve superar o olhar antropocêntrico que se agravou com a modernidade e que nos faz esquecer que somos parte do todo”, diz o pesquisador
A crise sanitária e os efeitos gerados pela pandemia de Covid-19 recolocaram em pauta as discussões sobre a possibilidade ou necessidade de um “constitucionalismo global“, que garanta fundamentalmente saúde pública e o cumprimento dos direitos fundamentais da pessoa humana, como renda e salário. Essa proposta tem sido defendida, por exemplo, pelo jurista italiano Luigi Ferrajoli, autor dos livros La costruzione della democrazia. Teoria del garantismo costituzionale (A construção da democracia. Teoria do garantismo constitucional, em tradução livre, Laterza, p. 466, euro 30) e Perché una Costituzione della terra? (Por que uma Constituição da Terra?, Giappichelli, p. 80, euro 11).
Para discutir o tema à luz dos desafios dos povos da América Latina e da Constituição da Terra, o Instituto Humanitas Unisinos – IHU promoveu a palestra “Direitos fundamentais e a Constituição da Terra“, ministrada pelo jurista José Geraldo de Sousa Júnior. No evento virtual, ele explicou os princípios e objetivos de documentos internacionais que já foram elaborados com o desafio de atender às necessidades dos povos e preservar a casa comum. A Carta da Terra, exemplifica, “é uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. Busca-se inspirar todos os povos a um novo sentido de interdependência global e responsabilidade compartilhada voltado para o bem-estar da família humana, da grande comunidade da vida e das futuras gerações. É uma visão de esperança e um chamado à ação”.
Leia a matéria na íntegra: https://www.ihu.unisinos.br/617624-os-desafios-de-uma-constituicao-global-para-preservar-o-futuro-comum-entrevista-especial-com-jose-geraldo-de-sousa-junior