O Brasil se Reencontra com o Brasil:
Diálogo para a Justiça e a Paz
Integrante do Grupo de Coordenação da Campanha do ex-Presidente (agora Presidente Eleito) Luiz Inácio Lula da Silva, o convidado para a primeira Conversa de Justiça e Paz, em seguida ao encerramento das eleições, é um conhecido Assessor e conselheiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Durante os dois mandatos do Presidente Lula, foi inicialmente Chefe do Gabinete Presidencial e logo Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, função que também exerceu no primeiro mandato da Presidenta Dilma Rousseff.
Sua atuação mais visível nessas funções, muito próximas ao Presidente, foi a de estabelecer marcos regulatórios para a relação entre governo e sociedade civil, destacando-se como ativo mediador e negociador com as organizações e os movimentos sociais, não somente sobre questões corporativas e salariais, mas sobre a formação de agendas para questões político-institucionais especialmente as que dizem respeito aos instrumentos de participação social estabelecidos conforme o modelo da Constituição Federal.
Teve formação em teologia em cursos universitários e em seminário, embora não tenha chegado a fazer os votos sacerdotais. Atuou fortemente nesse tempo na Pastoral Operária (movimento da Igreja Católica) e espera-se que essa experiência possa contribuir para repor, mesmo considerando a dimensão constitucional de laicidade do estado, as relações inter-religiosas entre governo e confissões, num patamar de dignidade e de função legítima numa sociedade democrática e republicana.
A religião e o Estado não se colocam em clara oposição, uma vez que a secularização não se expressa como resultado de duas forças opostas. A religião pode contribuir com o Estado e o Direito, da mesma forma que os agentes públicos podem expressar sua fé, desde que o façam de forma compatível com o Estado Secular Laico, respeitando as balizas adotadas pelo Estado Democrático de Direito. É importante a elevação do debate desde uma altura teológica, de modo que se possa abrir ensejo para a expressão das convicções religiosas e favorecer a sua formulação fundamentada e crítica, em diálogo e em debate com as outras convicções e todos os âmbitos do saber. E não apenas na universidade, pública mas autônoma, que desempenha o papel de interface entre o Estado e a sociedade, ou na disciplina cujo propósito próprio é permitir o encontro entre a fé sob todas as suas formas e as questões científicas ou políticas: a teologia. Esse é um tema que não deve ficar confinado no âmbito acadêmico teológico porque, ele não pertence aos governos, às Igrejas ou às comunidades religiosas. É um bem público.
Por isso é um tema importante para um novo governo que coloca a fraternidade, o diálogo, a justiça e a paz como eixos éticos para o Brasil reencontrar-se com o Brasil. Em seu discurso lido em seguida à proclamação do resultado das eleições, ainda no dia 30 de outubro, disse o Presidente Lula:
O novo Brasil que iremos construir a partir de 1º de janeiro não interessa apenas ao povo brasileiro, mas a todas as pessoas que trabalham pela paz, a solidariedade e a fraternidade, em qualquer parte do mundo”. E ninguém melhor que Gilberto Carvalho para dele tratar a partir das perspectivas do novo governo.
Por Comissão Justiça e Paz de Brasília.
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