O mais recente livro de António José Avelãs Nunes, lançado no Brasil, com o sele da Lumen Juris, é um sopro de alento na pobreza e aridez das leituras sobre a realidade e a conjuntura. Deixando de percorrer o caminho raso do medíocre, Avelãs Nunes, um homem com qualidade, a partir dos textos que compõem a obra, propõe ensaios instigantes que, em conjunto, oferecem uma interpretação sobre as interpelações econômico-políticas de nosso tempo.
Fiz alusão a homem com qualidade em alusão a Musil e seu notável O Homem sem Qualidades, para configurar em Avelãs, o estofo de concepções presentes em suas obras, muito diversas daquelas concepções e de homens novos, que em certas circunstâncias derrapam no medíocre, ainda que, diz Musil, “estas concepções, estes homens novos, não eram com certeza totalmente maus; apenas existia neles um pouco mais de mau naquilo que era bom, um pouco de erro a mais na verdade, um pouco de maleabilidade a mais na definição” (cito aqui a partir da edição portuguêsa, volume I. Lisboa: Livros do Brasil, sem data).
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